domingo, 17 de junho de 2007

O que é Clássico, o que é velharia e o que é babaquice

Vamos continuar na mesma linha de assuntos sobre a cultura. Vendo aquela propaganda de banco de ricaços sobre o que é bom e o que é prime me relembrou algo que já penso há muito tempo. O que são clássicos, tanto no que tange a desenhos animados, consoles e games, modinhas, enfim; o que são velharias e o que são merdas.
Eis: o SNES, o Super Nintendo Entertainment System, quando surgiu, lá pra 1990, só trouxe legiões e legiões de fãs... Não era mais moderno que o concorrente Playstation1, mas conseguiu, pela qualidade dos jogos, pela aura que eles traziam com eles, aquelas músicas inesquecíveis, pelas seqüências de macetes secretos que traziam sempre o assunto à tona entre as crianças, se afirmar um CLÁSSICO... Mesmo em 1998, já com o Nintendo 64 tendo surgido há tempos, ainda muita gente jogava SNES. O Louis, dezessete anos depois, ainda joga isso! Praticamente todo dia! Já hoje em dia, temos um tal Nintendo cujo controle parece um vibrador... O antecessor (será q é antecessor? Já me perdi, com tantos lançamentos ridículos que nem alarde fazem, a gente se perde fácil), aquele cubo feio pra caceta, nenhuma inovação trouxe em relação ao 64! Game Boy? A única vantagem é ser portátil, mas é ridiculamente pior que o SNES e foi lançado uma década depois... Já Atari, eu compreendo perfeitamente quando dizem ser um clássico, porque entretinha muito também, e foi pioneiro. Mas ainda assim eu considero velharia, saudosismo demais achar que o Atari, com 1bit de memória e cuja resolução se resumia a um quadrado representar seu boneco, só porque é velho fazia tal preenchimento da alma da criança.
Desenhos do Cartoon Network: Johnny Bravo, com suas cantadas “infalíveis”, Coragem o Cão Covarde, Dexter, com aquele laboratório e com a Dee Dee zoando tudo, até mesmo Mike Lu e Og ainda era legal! Desenhos que tinham uma história sucinta, o enredo se entendia até mesmo para quem nunca tivesse visto antes, eram divertidas e eram para CRIANÇAS! Hoje em dias temos Naruto, Kukuto, Sakura Card Captors, Samurai X, Y, Z, Dragon Ball Z, DB Z advanced plus hyper Professional, Pokémon, Digimon, Amon-rá... BAH!
E as histórias? São séries GIGANTESCAS em que, perdendo um capítulo, você fica sem saber de nada, sobre gente que luta falando. Aliás, luta não, joga pozinho ou luzinha das mãos! Enquanto isso, Hanna Barbera tem seus desenhos parcos em efeitos gráficos, fundos de cena móveis (ou seja, a casa da dona do Tom, que caça o Jerry, tem vinte mil mesas e um corredor de 500 metros), mas ainda daria pra assistir, mesmo não sendo tão divertido quanto ver os tocos que o Johnny levava...
Pirocóptero e bater bafo são Prime, calça jeans boca-de-sino ou roupas multi-pluri-poli-coloridas são velharias e skate de dedo e jogar Magic é babaquice!
Eis! As coisas do início ou antes dos anos 80 são engraçadas de ser lembradas, mas todos se recusariam a repetir. As coisas do novo milênio, principalmente por conta da invasão nipônica-emo-neoliberalista, estão muito gays, distorcendo o sentido original das coisas clássicas. Enquanto isso, esse pequeno período do final dos anos 80 até fim dos 90 é sagrado e guardarei na minha memória todas as modinhas bobas, os videogames que, ainda com aqueles poucos recursos são tão mais divertidos que os atuais e as festinhas de criança na boate Vogue!

2 comentários:

Carlos Mega disse...

se resumi muito a isso minha infância haahha bom recordar..
é babaquice de um dia pro outro enjoa.. realmente..

equilibrista. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.